GESTÃO EMPRESARIAL

tsgestaoempresarial.com                                                                Consultora: Karla Küster

No final do século XX o ambiente de negócios se tornou mais complexo. O advento da globalização gerou fenômenos econômicos e sociais reestruturam o ambiente empresarial. Alavancada pela tecnologia da informação e da comunicação, foi uma realidade. As chamadas novas tecnologias, bem como as novas formas de organização do trabalho, colocaram os métodos tradicionais de gestão das empresas no banco dos réus.

A evolução das organizações em termos de modelos estruturais etecnológicos, tendo as mudanças e o conhecimento como novos paradigmas, exigiu uma nova postura nos estilos pessoais e gerenciais voltados para uma realidade diferenciada.

Além disso, temos plena convicção de que o grande desafio tem sido a capacidade e a competência diária que as organizações enfrentam para se adaptarem e levarem a todos os seus níveis hierárquicos efuncionais, da alta gerência ao piso de fábrica, a incorporação de novos modelos, métodos, técnicas, instrumentos, atitudes e comportamentos necessários amudanças, inovações e à sobrevivência sadia e competitiva no mercado.

No ambiente de negócios, praticamente em qualquer lugar do mundo,as pessoas estão sentindo o reflexo dessas transformações. Seja pelas mudanças introduzidas internamente pela reengenharia, como adescentralização, o empowerment ou a terceirização, seja pelas transformaçõesno cenário externo, como o declínio de antigas empresas multinacionais e o surgimento de novos competidores, o administrador de empresas enfrenta desafios totalmente novos.

Essa realidade tem sido amplificada por inovações tecnológicas, transformações nas bases da concorrência, surgimento de novos modelos degestão e mudanças significativas no perfil dos clientes e nas suas relações com as empresas fornecedoras de produtos e serviços.

Este enfoque temgerado reflexos diretos sobre a gestão das empresas.

É necessário desenvolver a sensibilidade para perceber que as mudanças na gestão empresarial são um imperativo e não uma simples opção.

O que é a gestão hoje?

Gerir hoje envolve uma gama muito mais abrangente e diversificada de atividades do que no passado. Consequentemente o gestor hoje precisa estar apto a perceber, refletir, decidir e agir em condições totalmente diferentes das de antes.

O dia-a-dia de um gestor envolve atualmente diferentes entradas em uma realidade complexa:

. Especialização – os processos de negócio envolvem equipes de diferentes áreas, perfis profissionais e linguagens;

. Complexidade – as situações carregam cada vez um número maior de variáveis;

. Agilidade na Tomada de Decisão – o processo decisório está cada vez mais espremido em janelas curtas de tempo, e os prazos de ação/reação são cada vez mais imediatos;

. Integralidade– o gestor está exposto a situações de trabalho com elementos externos ao seu ambiente nativo, e, por conseguinte com outras atividades: clientes, fornecedores, parceiros, terceiros, equipes de outras unidades organizacionais, inclusive do estrangeiro;

. Inovação – tanto as formas de gestão, quanto a tecnologia da informação e da comunicação, estão a oferecer constantemente novas oportunidades e ameaças;

. Competitividade – o ambiente de mercado é cada vez mais competitivo, não só em relação aos competidores tradicionais, mas principalmente pelos novos entrantes e produtos substitutos em um âmbito internacional.

Nesse ambiente, a diferença entre sucesso e fracasso, entre lucro e falência, entre o bom e o mau desempenho está no melhor uso dos recursos disponíveis para atingir os objetivos focados.

O gestor hoje precisa estar apto a perceber, refletir, decidir e agir em condições totalmente diferentes do que antes.

Gerir a aplicação dos recursos é crucial, sejam recursos materiais, financeiros, de informação, humanos, de comunicação ou tecnológicos.

A ênfase na gestão vem da necessidade de aperfeiçoar continuamente os processos de negócio, pelo aprendizado e inovação permanentes.

Novos métodos de gestão, novas ferramentas de apoio, novos sistemas de informação, tudo isso representa o esforço por aperfeiçoar a gestão.

A gestão estratégica como ferramenta de alavancar novos mercados.

A utilização do modelo de gestão estratégica leva a empresa a realizar um diagnóstico situacional, destacando oportunidades e ameaças, bem como forças e fraquezas, a fim de cruzar estas realidades e descobrir suas inter-relações.

A partir desse processo de autocrítica organizacional a empresa encontrará plenas condições de direcionar seu foco para o estabelecimento de visão de futuro, missão organizacional, desafios estratégicos e estratégias gerais que nortearão os rumos do negócio para o curto, médio e longo prazo.

Em síntese, o modelo de gestão estratégica atua no sentido de levar a empresa a se adequar à realidade de mercado, descobrir oportunidades e projetar um futuro. Dessa forma, os processos e os investimentos serão realizados de maneira mais organizada, racional e profissional, contribuindo para redução do grau de incerteza e para o alcance de melhores resultados.

Um novo caminho: Gestão Participativa

A Gestão Participativa é o modelo de gestão que mais se adapta ao século XXI, ao novo homem da sociedade do conhecimento, indivíduo este que tem como característica marcante o inconformismo diante de respostas vagas e atitudes sem sentido. Nesta sociedade, os indivíduos exercem sua cidadania, assumem responsabilidades, opinam sobre decisões que afetam sua vida, pressionam também as organizações para alterarem suas estruturas rígidas que tradicionalmente silenciam os trabalhadores.

O gestor hoje precisa estar apto a perceber, refletir, decidir e agir em condições totalmente diferentes do que antes.

As organizações ainda estão adotando uma forma de gerenciamento pertencente a um contexto sóciocultural que privilegia o autoritarismo e a rigidez comportamental e que, evidentemente, se distancia cada vez mais dos valores culturais dominantes neste final e reinício de século. Muito embora estas organizações possam estar obtendo resultados via

adoção de modelos gerenciais obsoletos, o simples bom senso e a própria lógica parecem indicar que o futuro pertence às empresas que souberem adequar-se a esses novos tempos.

Vivemos um mundo onde os governos não podem mais controlar o queas pessoas fazem, nem onde, nem como, pois não podem mais vê-las nem contá-las. Um mundo onde os métodos antigos de controle não funcionam mais. Istoé, as antigas fontes de autoridade não têm mais grande poder ou influência.

A Gestão Participativa necessita de um modelo cultural extremamente democrático e aberto, onde impere a confiança em todos os níveis. Um conjuntode valores baseados em princípios com os quais todos concordam.

Ela é vista com um ensaio natural dos indivíduos neste final e reiníciode século, onde a democratização instala-se nas famílias, nas escolas e onde adifusão de informações e a velocidade das mudanças desestruturam as bases sociais estabelecidas, aí consideradas as organizações totalitárias. Assim, a Gestão Participativa pode funcionar tão bem em nossa época histórica comoas organizações mecanicistas funcionavam há cem anos atrás, gerando resultados satisfatórios.

A mudança ocorrida na sociedade do início do século XXaté o momento atual, graças principalmente aos avanços tecnológicos e científicos, ampliará mas áreas do conhecimento, tornado o homem moderno mais informado e exigente. Este processo teve como principal consequência o deslocamento do poder que antes era concentrado, tanto na sociedade como nas organizações, e hoje é instável e dinâmico, movendo-se por todas as camadas, adquirindo novas formas de acordo com a situação.

Gestão holística: um passo além dos sistemas

O pensamento de organização precisa compreender a relação auto ecoorganizadora, isto é, a relação hologramática entre as partes e o todo, compreender o princípio de recursividade; é a ideia de entrelaçamento, de integração, totalidade e é neste contexto que se deve falar em gerenciamento holístico, pois é a partir da visão holística da administração que as empresas tradicionais incorporam preocupações com a administração ecológica.

Na verdade, com o futuro ameaçado e em  busca de um desenvolvimento sustentável que satisfaça as demandas do presente sem prejudicar as necessidades do futuro, os desafios tornam-se comuns e a defesa do meio ambiente, que, apesar das lutas das últimas décadas, continua sendo velozmente degradado, transforma-se numa tarefa urgente que compete a cada cidadão.

Assim, deve-se criar no homem a ideia de viver em harmonia com a natureza, como parte integrante dela, de quem é reflexo e a quem modifica, humanizando-a. E esta necessidade de que se crie uma nova consciência ecológica e se desenvolva uma nova postura ética perante a natureza é tarefa do gerenciamento holístico.

Na realidade, é a necessidade de se olhar o mundo com visão sistêmica, é a abrangência e a urgência da questão ambiental que nos impõem a ética da integração e da cooperação pautada no valor universal da sobrevivência do homem e do Planeta, ou seja, do gerenciamento holístico que não deve ser imposto, deve sim enfatizar a necessidade da participação livre do todos na construção de um mundo novo.

O gerenciamento holístico resgata a ideia de entrelaçamento, de interligação, de todas as partes do meio ambiente em um sistema, para que a abordagem do meio ambiente possa incluir todas as variáveis, históricas, políticas, econômicas, socioculturais etc., necessárias para se compreender e administrar adequadamente à relação de se melhorar a sorte da humanidade.

Resumindo, pode-se dizer que, para sobreviver, uma organização tem que ser contemporânea do seu tempo. Ela precisa se ajustar às exigências das mudanças, pois vida é essencialmente mudança. É preciso, por conseguinte conhecer, com antecedência razoável, o sentido da mudança. Nessa passagem de século, as mudanças são bastante rápidas. Por isso mesmo, mais do que nunca vai ser preciso uma acuidade mental muito grande, para os empresários e dirigentes de organizações evitarem o desaparecimento dos sistemas que lideram. Na concepção holística, não só as partes de cada sistema se encontramno todo, mas os princípios e leis que regem o todo se encontram em cada uma das partes e todos os fenômenos ou eventos se interligam e se interpenetram, de forma global: tudo é interdependente. O todo é concebido como uma realidade, ou seja, suas propriedades não derivam das que caracterizam seus componentes. Ao contrário: são elas que determinam as propriedades daspartes que o integram.

Gestão empreendedora: proposta de uma parceria saudável

Transformar desafios em oportunidades não é uma missão simples no universo empresarial. Um negócio com projeção depende de um empreendedorde sucesso, a pessoa que, como nós, transforma ideias e empresas em grandes realizações com projeção no mercado. O empreendedor, primeiramente, deve ser no mundo real, aquela pessoa que busca a solução para os problemas, que transforma sonhos em realidade, decide por si e pela empresa a melhor estratégia de penetração e posicionamentono mercado, determina o produto e o público-alvo e arregaça as mangas para alcançar os objetivos e metas traçados.

Disciplina, busca do aperfeiçoamento contínuo, muita leitura e atualização sobre o mercado e tendências, vontade de trabalhar além do habitual, dedicação, paixão, comunicação com as pessoas e empresas, visão holística, criatividade, vontade de vencer, persistência para aprender cada vez mais e não hesitar nos erros é fatores que tornarão seu empreendimentomais sólido e facilitarão a prosperidade de seu trabalho.

Como melhorar a Gestão?

No ambiente de negócios atual, alguns fatores são fundamentais:

Inovação, qualidade, agilidade e atenção ao cliente, estão com certeza entre os principais. Na Administração estamos na era da ênfase no talento dos indivíduose na sinergia do trabalho em equipe. É preciso dar elementos às pessoas em posição de responsabilidade pela gestão, para que elas possam atingir seus objetivos organizacionais.

Esses elementos abrangem, fundamentalmente:

.Estratégia e Transformação Organizacional – trabalhando acapacidade de visão prospectiva e sistêmica, através de um pensamento total da organização;

. Arquitetura Organizacional e Orientação a Processos– revendo sempre as estruturas mais adequadas como meio para a excelêncianos processos de negócio;

. Aprendizado Organizacional – desenvolvendo as habilidades necessárias para o aprendizado coletivo permanente;

. Processo de Decisão – repensando os fatores envolvidos na tomadade decisão e os estilos gerenciais;

. Qualidade e Marketing – atentando para as expectativas e a percepção dos clientes, internos e externos, quanto aos produtos e serviços oferecidos;

. Gestão de Projetos – otimizando a utilização dos recursos e do tempo;

. Controle Orçamentário – entendendo e acompanhando o valor financeiro agregado em cada operação para os resultados da organização;

. Cultura Organizacional – tomando consciência e repensando os valores e práticas adquiridas e/ou inerentes às pessoas que trabalham na organização;

. Stress e Qualidade de Vida – revendo o papel do indivíduo e seu espaço de realização através do trabalho, buscando a harmonia de objetivos entre a pessoa, a equipe e a organização.

Após discutirmos as principais tendências na Gestão da Empresa Moderna e suas principais oportunidades de aplicação, temos que abordar um assunto fundamental para determinar se as técnicas de gestão estão produzindo resultados: a avaliação do desempenho empresarial.

Este assunto tem passado por um período de grandes inovações, motivadas principalmente pelo incrível aumento na velocidade das mudanças nos ambientes competitivos.

Medir o desempenho é algo fundamental em qualquer atividade que realizemos. Ao tomarmos a decisão de praticar jogging sentiremos a necessidade de comprar um relógio com um cronômetro e correr em uma pista demarcada para saber de que forma melhoramos nosso desempenho em termos de distância percorrida e tempo. Ao buscarmos um automóvel para comprar, faremos comparação entre os desempenhos dos candidatos nos atributos de consumo, velocidade, aceleração e conforto. Para juntar dinheiro para a próxima viagem de férias, devemos monitorar os gastos familiares com alimentação, saúde, educação, habitação e diversão. De certa forma, a avaliação é algo presente em todos os aspectos de nossas vidas.

Com as organizações ocorre o mesmo. A medição do desempenho é algo fundamental para que uma empresa saiba se o caminho escolhido está sendo adequado e possa garantir sua sobrevivência e crescimento no longo prazo. A seguir, são apresentadas três abordagens que buscam avaliar o desempenho da empresa de forma eficaz.

Bibliografia recomendada

DRUCKER, Peter F. Administrando em tempos de grandes mudanças. São Paulo: Pioneira, 1995.

MINTZBERG, Henry; AHLSTRAND, Bruce; LAMPEL, Joseph. Safári de estratégia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2000.

Professor Küster

 PROFESSOR – EDISON KÜSTER  GRADUADO EM ADMINISTRAÇÃO – FAE -  MESTRE ENGENHARIA DA PRODUÇÃO – UFSC  PROFESSOR: FINANÇAS E PROJETOS  GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO  ADMINISTRAÇÃO; CONTÁBEIS; ECONOMIA; COMERCIO EXTERIOR..  CURSOS PRESENCIAIS E A DISTÂNCIA  BANCÁRIO DURANTE 25 ANOS  FINANCEIRO EMPRESARIAL 15 ANOS  CONSULTOR DE EMPRESAS 18 ANOS Autor dos Livros: KÜSTER, Edison, Finanças Empresariais, Coleção FAE/GAZETA DO POVO 04 – 2002. ________, Edison; Fabiane Christina Küster; Karla Sophia Küster, Administração e Financiamento do Capital de Giro, Editora Juruá, 3ªed.Curitiba 2010. ________ Edison; Custos e Formação de Preços Editora Juruá, 2ª Edição - Curitiba – 2012. ________ Edison; Fabiane Christina Küster, Projetos Empresariais, Elaboração e Análise de Viabilidade de, Editora Juruá Curitiba 2013. ________ Edison; Karla Sophia Küster, CPA-10 Curso Preparatório para a Certificação Profissional Anbima, Editora Juruá, – Curitiba – 2018 _______ Edison; Fabiane Christina Küster, CPA-20 Curso Preparatório para a Certificação Profissional Anbima, Editora Juruá, – Curitiba – 2018 ________ Edison

Deixe um comentário