COMUNICAÇÃO NA GESTÃO EMPRESARIAL

Uma constante comunicação entre os diversos setores e o setor financeiro é fundamental para o sucesso do gerenciamento das disponibilidades.

Com a entrada das diversas informações diárias e dos documentos internos provenientes do setor financeiro, inicia-se a fase de controle de dados relativos a:

1.º MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA (O que? – Qual? – Quando? – Como? – Periodicidade?

  • . Registro das entradas e saídas, de tal forma que se permita comparar as previsões com o realizado;
  • . Conhecimento de todas as movimentações financeiras:
  • – Quais são as receitas e despesas?
  • – Em que datas irão ocorrer?
  • – Qual o meio de movimentação?
  • – Se são constantes, diárias, semanais ou mensais?

2.º CONTROLE DO PESSOAL

  • . Estrutura de Recursos Humanos existente, com determinação de suas peculiaridades relativas:
  • – Profissionais efetivos;
  • – Profissionais temporários;
  • – Trainees (estagiários);
  • – Salários;
  • – Encargos;
  • – Benefícios;
  • – Contribuições;
  • – Estrutura.

3.º CONTROLE DE MÁQUINAS, VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS

  • Consumo de combustível e ou energia;
  • . Serviços executados;
  • . Manutenção preventiva;
  • . Manutenção corretiva;
  • . Peças e elementos controlados;
  • .Frota;
  • .Movimentações;

4º CONTROLE DE ESTOQUES

  • . Entradas e saídas de insumos e matérias-primas;
  • . Níveis de estoque, data de compra;
  • . Estrutura de armazenagem.
  • Fornecedores;
  • Diversificações.

Para que uma empresa possa conseguir uma vantagem competitiva duradoura em setores turbulentos, ou seja, onde o grau de complexidade e a velocidade das mudanças são muito elevados. Deve-se definir o tipo de gestão que irá adotar, dentre eles:

  • Estratégica,
  • Participativa,
  • Holística,
  • Empreendedora.

O tipo de gestão estará associado aos objetivos da empresa.

Definido isto, a empresa deve estabelecer um sistema de acompanhamento dos resultados por meio de indicadores. O sistema de indicadores de desempenho deve incluir algumas das características verificadas nas três abordagens apresentadas anteriormente, quais são:

Os indicadores de desempenho devem estar relacionados a uma estratégia empresarial, ou seja, devem medir o desempenho de uma determinada estratégia;

  • Utilização de indicadores de desempenho financeiros e não financeiros, sendo estes últimos, na maioria das vezes, os impulsionadores dos resultados dos primeiros;
  • . Deve haver um número pequeno de indicadores de desempenho sob responsabilidade de cada unidade gerencial ou diretoria. Esse fato evita erros de priorização na gestão do dia-a-dia das empresas;
  • . A meta de um determinado indicador em um certo nível hierárquico, desdobrado para um nível inferior, deve ser atingida por meio do alcance das metas dos indicadores deste último;
  • . Os diversos indicadores deverão abranger as diversas áreas-chave do negócio, interligando-se por meio de relações de causa e efeito;
  • . Devem existir indicadores para avaliar aspectos totalmente intangíveis do desempenho, como motivação, qualificação, aprendizagem, comprometimento e qualidade de vida. Estes são, em última análise, os impulsionadores do desempenho futuro de processos e com relação à satisfação dos clientes, que por sua vez irão garantir a excelência nos resultados financeiros de longo prazo.

CUSTO DE CAPITAL

Custo de capital pode ser definido como o custo dos recursos financeiros próprios e/ou de terceiros utilizados pela empresa em seu ciclo operacional ou empreendimento. A boa administração financeira propõe que todo investimento ou uso de capital merece uma rigorosa análise de viabilidade, buscando avaliar as alternativas perante o custo do capital.

Como as alternativas existentes para o financiamento do ciclo operacional e ou capital de giro são diversas, é de extrema importância que o administrador financeiro busque conhecer o custo efetivo de cada uma destas fontes, através dos instrumentos de análise competentes, para posterior tomada de decisão.

A utilização de capital de terceiros é vantajosa quando seu custo se apresenta inferior à taxa de retorno prevista. Porém, mesmo com esta vantagem, existe o risco do endividamento pela eventual falta de lucratividade na operação.

OS CUSTOS RELATIVOS

Ao se calcular o custo de capital de uma operação, torna-se importante considerar todas as despesas existentes, pois as instituições financeiras, pelas características de seus negócios, passam a exigir reciprocidades diversas.

Considera-se como reciprocidade todo e qualquer recurso utilizado por uma empresa na obtenção do capital, seja a curto, médio ou longo prazo, que podem ser desde o simples saldo médio até contraprestações de aplicações financeiras, segura, plana previdenciária, pagamento de fornecedores, centralização de folha de pagamento, recolhimento de encargos, impostos, taxas, contribuição de melhoria, e ainda, em alguns casos, favores. Outras despesas, muitas vezes esquecidas pelos empresários, são aquelas decorrentes dos custos com alienações, hipotecas, transferências, emissão de documentos, viagens de funcionários para obter liberações especiais, entre outras.

Especial atenção deve ser dada às custas de fornecimento de garantias, pois considerando que a maioria das instituições tem interesse em Garantias Reais (representadas pela transferência de um bem tangível e específico), o financeiro deve considerar todas as despesas de transferências como escritura e registro, A boa administração financeira propõe que

todo investimento ou uso de capital mereça uma rigorosa análise de viabilidade tanto na passagem do bem para a posse da instituição como para o retorno da posse do bem, após a quitação do empréstimo.

Neste momento é de grande importância a habilidade do financeiro em negociar com a instituição uma garantia que não represente grande ônus de transferência, apesar de oferecer tranquilidade para a instituição. Dentre os diversos aspectos do custo de capital, podemos citar o custo relativo à dívida, que nada mais é do que o custo relativo à taxa aplicada sobre um financiamento/empréstimo qualquer, ou ainda o custo marginal de capital, que projeta na estrutura ótima de capital uma nova realidade, oriunda de uma nova fonte de recurso, ou ainda, de um novo aporte de recursos. Para apurar o custo de capital, a maioria das empresas se utiliza do método de cálculo do Valor Presente Líquido (VPL), que consiste em apurar o valor presente de um fluxo de resultado projetado, utilizando-se de uma taxa mínima de atratividade para realizar o desconto do fluxo. A taxa mínima de atratividade (TMA) é a taxa mínima que a empresa deseja obter na aplicação de um projeto ou negócio. Outro método também largamente utilizado é a Taxa Interna de Retorno (TIR), que consiste em determinar qual a taxa pela qual um investimento se equipara ao seu retorno num período de tempo, considerando as entradas de um fluxo projetado. Ambos os modelos podem ser facilmente apurados com uma calculadora financeira, em especial a HP 12 C.

Professor Küster

 PROFESSOR – EDISON KÜSTER  GRADUADO EM ADMINISTRAÇÃO – FAE -  MESTRE ENGENHARIA DA PRODUÇÃO – UFSC  PROFESSOR: FINANÇAS E PROJETOS  GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO  ADMINISTRAÇÃO; CONTÁBEIS; ECONOMIA; COMERCIO EXTERIOR..  CURSOS PRESENCIAIS E A DISTÂNCIA  BANCÁRIO DURANTE 25 ANOS  FINANCEIRO EMPRESARIAL 15 ANOS  CONSULTOR DE EMPRESAS 18 ANOS Autor dos Livros: KÜSTER, Edison, Finanças Empresariais, Coleção FAE/GAZETA DO POVO 04 – 2002. ________, Edison; Fabiane Christina Küster; Karla Sophia Küster, Administração e Financiamento do Capital de Giro, Editora Juruá, 3ªed.Curitiba 2010. ________ Edison; Custos e Formação de Preços Editora Juruá, 2ª Edição - Curitiba – 2012. ________ Edison; Fabiane Christina Küster, Projetos Empresariais, Elaboração e Análise de Viabilidade de, Editora Juruá Curitiba 2013. ________ Edison; Karla Sophia Küster, CPA-10 Curso Preparatório para a Certificação Profissional Anbima, Editora Juruá, – Curitiba – 2018 _______ Edison; Fabiane Christina Küster, CPA-20 Curso Preparatório para a Certificação Profissional Anbima, Editora Juruá, – Curitiba – 2018 ________ Edison

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